O texto que agora segue é uma reflexão sobre a parábola do semeador e está baseado no Projeto Semeando da Igreja Presbiteriana Independente.
Que Deus ilumine sua leitura!
O Evangelho de Lucas nos mostra que devemos ser discípulos “agricultores” na igreja local, para, em todo tempo, semear as boas novas do reino de Deus entre as pessoas. Nessa passagem, é possível perceber que Jesus fala para uma multidão de pessoas (v.4), mas prepara especificamente os discípulos para serem semeadores do evangelho no meio em que vivem (Cf.Lc 9.1). Infelizmente, a situação é essa: multidões seguem a Cristo apenas para obter algum favor (Jo 6.26). O ensino de Jesus, porém, alcança realidades muito mais profundas e somente é capaz de compreendê-lo quem quiser ser seu discípulo (v.10).
Nosso clamor, portanto, deve ser: “Jesus, o que Tu tens para me ensinar?" (v.9). Vamos, então, nos colocar como seus discípulos – e não como multidão – e aprender com ele.
Dentre tantas aplicações que a parábola do semeador pode proporcionar, é possível destacar que...
...Sempre devemos semear!
Apesar de existirem diferentes tipos de solos (beira do caminho, pedregoso, cheio de espinhos e terra boa), todos foram - E DEVEM – ser semeados. A nossa semente é o reino de Deus: envolve a proclamação da reconciliação com Deus em Cristo e o estabelecimento da sua vontade na Terra (em Viamão!) como justiça, fraternidade, paz, amor, serviço e muito mais.
É importante perceber, ainda, que, na tarefa de semeadores do reino, não podemos fantasiar a realidade, achando que tudo é muito difícil ou que tudo é muito fácil. Na verdade, cada pessoa responde diferente, como os diferentes tipos de solo; alguns aceitam outros não – essa é a realidade e devemos conviver com ela. Com base nas figuras dos versículos 5 a 8, portanto, podem ser feitas algumas comparações que nos ajudam a entender a receptividade ao evangelho de Cristo:
* Semente que cai no caminho: a pessoa desiste logo (REJEIÇÃO IMEDIATA!);
* Semente que cai entre as pedras: a pessoa aceita apenas no começo (INTERESSE FORTUITO!);
* Semente que cai entre os espinhos: a pessoa experimentou o Reino por um pouco de tempo, mas depois desistiu (ANIMAÇÃO TEMPORÁRIA!);
* Semente que cai na terra boa: a pessoa permanece vivendo em Cristo e lutando pelo Reino (ACEITA O DISCIPULADO!).
A nossa tarefa de semeador deve, então, ser constante, como um estilo de vida. Não pode haver discriminação, pessimismo ou desistência; a base para a ação é o amor incondicional em Cristo.
Outra aplicação extraída da parábola do semeador é que...
...Sempre vale a pena semear!
O semeador poderia ter desistido, pois há muito trabalho e pouco retorno (apenas ¼ das sementes vingaram). Mas, podemos perceber que, apesar da dificuldade, algumas plantas CRESCERAM (indica processo, tempo, paciência) e PRODUZIRAM (indica amadurecimento possível – frutificar significa ser semelhante a Cristo; Jo 15.5).
Nós devemos acreditar, então, nos frutos que ainda brotarão na nossa comunidade. O trabalho pode ser lento, mas a “palavra de Deus jamais volta vazia” (Is 55.11). Além disso, temos, ainda, uma grande esperança: TODO SOLO RUIM PODE SER FÉRTIL, basta ser trabalhado com amor e dedicação. Nesse caso, qualquer deserto pode ser transformado em solo produtivo se for irrigado convenientemente (Sl 126.4-6). Talvez nós mesmos tenhamos sido (ou ainda somos!) solos ruins e Deus trabalhou (e tem trabalhado!) conosco.
A nossa realidade, enfim, como semeadores, é que teremos derrotas e vitórias, alegrias e tristezas, mas devemos continuar lutando pelo Reino, pois sabemos que no Senhor o nosso trabalho não é em vão (1Co 15.58). Nunca deixemos, portanto, de semear em qualquer solo (casa, trabalho, vizinhos, amigos, comunidade) – sempre valerá à pena. Que esse seja nosso estilo de vida como igreja: discípulos semeadores.
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